quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mixcd




Fiz essa compilação quando comecei a namorar o Gilberto, em 2005, e recuperei ela dias atrás. A maioria dos artistas é indiepop, novo e antigo, mas tem outras coisas perdidas no meio. Sei que sou suspeita e tal, mas a coleta ficou boa, a capinha - modéstia a parte - é linda. Resolvi disponibilizar, alguém pode curtir:

V.A. - The Soundtrack of our Technicolor Dream
http://sharebee.com/45fc7d06

Tracklist:
01. Vacabou - Life as Interference
02. The Receptionists - Soren Loved Regina
03. Girl with the replaceable head - Ride My Star
04. Moving Pictures - I Like The Way You Are
05. Let's Active - Bubblegum Splash
06. The Groove Farm - Just a Silly Phase I'm Going Through
07. Minny Pops - Dolphin's Spurt
08. LiliPUT - Die Matrosen
09. Martha And The Muffins - Echo Beach
10. Baskervilles - Midnight At The Underground Club
11. Push Kings - Love Takes Flight
12. The Chesterf!elds - Two Girls And A Treehouse
13. The Legendary Jim Ruiz Group - Urban Gentleman
14. The Velvelettes - He Was Really Sayin´ Somethin´
15. Rosehips - So Naive
16. Po! - Trains Go By
17. the San Marinos - We're Beautiful
18. The Weather Prophets - Like Frankie Lymon
19. The Brilliant Corners - Teenage
20. Jeff Thomas - Straight Aero
21. Anna Karina - Un Jour Comme un Autre
22. Sun Kil Moon - Carry Me Ohio

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

VA - A Kind Of Awe And Reverence And Wonder (Twisted Nerve, 2007)



Depois da coletânea Bearded Ladies, do disco da Susan Christie e do
Voice of the Seven Woods fiquei completamente apaixonada pelas
gravadoras Finders Keepers/Twisted Nerve/B-Music. Quero tudo delas, de
preferência, em vinil, com todas aquelas edições luxuosas e limitadas
a 500 cópias.

O disco daí de cima é uma outra coletânea que saiu pela Twisted Nerve.
Cheguei até ela depois de ler um comentário no myspace do Lights -que
também está na colatânea - descrevendo-a assim: "12 intoxicating
droplets of contemporary progressive rock, Eastern psych, folk and
concrete siphoned from natural sources in England, America, France and
Wales". Fui atrás na hora, quase me descabelei procurando, mas achei e
amei.

O link não é meu e é do megaupload, isso significa que só rola de
baixar à noite. Mas pelo menos esse não tem senha =)
E a foto aí de cima é do Lights, o myspace deles é esse aqui:
http://www.myspace.com/lightsmakemusic

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Senha do Espers

Mal ae, galera. O link não é meu, não to podendo uploadear.
A senha é; www.mediaportal.ru

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Espers - The Weed Tree (Locust, 2005)




O Espers é uma das melhores bandas dessa nova safra bacana de bandas que fazem um resgate do folk psicodélico dos anos 60. O som deles é bem nessa linha acid folk / sunshine baroque pop. Resolvi colocá-los aqui depois de me apaixonar também por outra banda, chamada Lights, que está naquela coletânea do post passado. O disco do Lighs foi produzido pelo Greg Weeks que é do Espers.
Esse link de cima é do ep deles, de 2005, e tem sete músicas, das quais duas são canções tradicionais irlandesas, quatro são covers da Nico, do Durutti Column, do Michael Hurley e do Blue Öyster Cult, além de uma composição própria.
A música do Espers é quase uma ode ao Fairport Convention, ao Pentangle e outras bandas britânicas, não fosse pelo sotaque ianque, certamente confundiria eles com uma banda do velho continente.
A vocalista Meg Baird também tem seu projeto solo e eu adoro igualmente.
Ouçam esse e depois vão atrás dos outros dois discos da banda, se as referências te interessam o vício é inevitável.

Novo link - Bearded Ladies

O mediafire me sacaneou, acabei pegando o link de outro blog, o problema é que esse é em duas partes. Mas vale!!!

Parte 1

Parte 2

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

VA - Bearded Ladies (Finders Keepers, 2007)



Essa compilação
, de nome engraçado, foi lançada pela Finders Keepers este ano e contém faixas de mulheres envolvidas na cena folk ao longo de 40 anos. Com o diferencial de que todas elas são artistas quase desconhecidas e ignoradas pelo grande/médio público. As faixas foram compiladas pela Jane Weaver e todas têm um toque psicodélico, etéreo ou freak. Foi um belíssimo trabalho dela e o disco possui pepitas como a faixa número 2, das irmãs Wendy & Bonnie, gravada em 69 quando elas tinham apenas 17 e 13 anos, respectivamente. Duas músicas delas foram gravadas pelo Tomorrow's World, num disco da él; maior gabarito que esse, não imagino.
O disco ainda tem maravilhas como a música da turca Selda, cujo som é definido como "space age, Anatolian, electronic, progressive-protest, psych-folk-funk-rock from the Middle East".
Entre as tops, incluo ainda a faixa 6, da francesa Julie Margat que grava diversas cassetes caseiras e já lançou alguns álbuns sob a alcunha de Lispector. Vale a pena visitar o site dela e baixar algumas coisinhas lo-fi fofas que ela faz.
Tem ainda cantoras que chamam a atenção como a sueca Turid, com sua música super fuzzy com uma gaita quase blueseira; ou a distorcida e misteriosa Lights, que fui atrás e me deparei com essa banda aqui e deduzi não ser a mesma porque as músicas do myspace são horríveis; a recém redescoberta Susan Christie, que já coloquei o link pra baixar o disco dela (lançado pela mesma gravadora) ano passado no meu fotolog; e até mesmo uma belíssima faixa da curadora do disco, a Jane Weaver.



Um tipo de compilação para reviver aquele velho hábito de (re)descobrir artistas para ir atrás e se apaixonar, simplesmente essencial. Agradecimento ao Gilberto que tem upado os discos pra mim, já que minha conexão não anda me permitindo fazer isso. Como as mp3 estão com as tags mal feitas, colei aí embaixo a tracklist pra ajudar um pouquinho.

TRACKLIST

1. Speck Mountain - Hey-Moon
2. Wendy & Bonnie - Paisley Window Pane
3. Magpahi - Horses
4. Emma Tricca - Martin and Me
5. Selda - Gesi Baglari
6. Lispector - Peachtree Street
7. Bonnie Dobson - Milk & Honey
8. Turid - LŒt Mig Se Dig
9. Heather Jones - Coli Laith
10. Lights - Branches Low
11. Susan Christie - Rainy Day
12. Jane Weaver - All These Rivers
13. Brigitte Fontaine - Le Goudron
14. Heaven and Earth - Refuge
15. Cate Le Bon - Disappear

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Prepare to burn

The Heavy - That Kind of Man

"The Heavy make the kind of dirty, guitar-scorched hip hop soul which leads you into temptation. And then you’re going to burn."



Pra não ficar só no vídeo, fiz o upload de uma mp3 deles:

The Heavy - Coleen

Dois lados de uma mesma moeda

Consigo me emocionar ouvindo tanto música brasileira de um fã - como eu - de stan kenton, quanto ouvindo um indiepop grudento e fofo. Acho isso uma qualidade.



Essa música do João Donato me faz lembrar o quanto fiquei impressionada quando a ouvi pela primeira vez. É pepita, coisa fina e adoro ouví-lo cantando, pena que faz isso tão pouco. Poderia ouvir só João Donato dias a fio e o Quem é Quem, de 1973, é meu preferido dele, mesmo a escolha sendo muito difícil.

João Donato - Chorou, chorou


A outra música, a que me referi, é uma das canções pop mais bonitas do ano. Tirada do novo disco do Stars.

Stars - My Favourite Book

domingo, 21 de outubro de 2007

Músicas do fim da noite

Último disco antes de dormir foi a coletânea de 2006, "Erre que Erre", da Siesta. Não resisti e vou pôr umas faixas aqui.



A primeira é uma cover do Marcos Valle, porque quase todas as bandas da siesta veneram música brasileira. E essa versão ficou lindona, estou há um tempão querendo compartilhá-la com outras pessoas.

Mardi Silhouette - Democústico


Tem gente que não gosta muito da fase atual da Siesta, que se prolonga desde que as bandas ficaram muito indiebossa. Eu, pelo contrário, gosto. Porque nem sempre a música tem que despertar grandes emoções em mim ou ser fabulosa, às vezes quero simplesmente um BG, algo que nem me faça pensar, só obedecer a inércia, porém agradável. Mas aí, de repente, algo dá "errado" e a música passa a ser o centro das atenções. Tal como essa, cover do "The Lettterman", hoje:

Rita Calypso - Only Friends

Zaragoza soy yo


Ontem, estava conversando com um amigo sobre solos de guitarra e falei que, pra mim, o melhor guitarrista ativo é o Vini Reilly do Durutti Column. Acho o cara um gênio e não existem argumentos racionais que me demovam desta idéia; nem tentem. Hoje à tarde, tinha até me esquecido dessa tal conversa, quando chega uma pessoa no msn - que eu não conheço e que não me conhece - e me manda um vídeo de Jaqueline, música do melhor e mais conhecido (?!) disco do DC, o LC de 1981.

Bateu uma saudade imensa e resgatei o mesmo disco pra ouvir. E, poxa, como envelheceu bem. Disco pra chorar, de verdade. Só sei que Durutti é minha banda preferida da Factory e top 5 da minha vida. Sinto um amor grande quando ouço as composições do Vini, é uma experiência perto de ser catártica. A verdade é que não resisti e resolvi pôr duas faixas do disco citado acima.

A primeira delas é a "Detail for Paul" e foi escolhida simplesmente por ter sido meu primeiro contato com a banda e, conseqüentemente, responsável pela paixão à primeira ouvida. Lembro da primeira vez que a ouvi, nos anos oitenta ainda, e me entreguei. Não é a melhor disco, mas é uma das que mais me emociona.

The Durutti Column - Detail for Paul

A segunda é a satieana "The Sweet Cheat Gone", pra reafirmar que além de excelente guitarrista, Reilly ainda é pianista com bases consistentes.

The Durutti Column - The Sweet Cheat Gone

De brinde ainda vou colocar uma faixa do último disco deles, deste ano, com um toque meio new age, mas que é sensacional. Só que a vibe da música é bem pesada, Interleukin 2 é um remédio para câncer e o Anthony em questão é o Tony Wilson, morto este ano.

The Durutti Column - Interleukin 2 (for Anthony)
(essa faixa não rola streaming, ela é grande demais e tive que pôr em outro servidor, mal ae)

O DC já lançou dezenas de discos e ainda fez o melhor disco de 2006 na minha lista, o "Keep Breathing". Será que ainda conseguirei ver Vini Legendreilly vivo e tocando?? Espero!
E um adendo, não posso deixar de falar do percussionista Bruce, grande parceiro de Reilly ao longo dos anos, o cara também é mestre supremo!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Non, Je Ne Regrette Rien

Vou demorar uns três dias para me recuperar da choradeira do filme sobre a vida de Edith Piaf. Para sair do lugar comum, taí um vídeo da música "La Foule" interpretada por um grupo de artistas romenos. Junção de duas das minhas paixões musicais:

I'm okay alone, but you've got something I need


Essa frase aí de cima marcou minha vida por anos e anos, não só por seu significado, mas sim porque essa música é uma delícia e ainda é hit atemporal. Tirei a faixa de uma compilação da Melanie, mas ela, inclusive, está na trilha do Boogie Nights e eu prefiro essa versão do que a da Janis. Fora que a Melanie era tão linda que dá até gosto de ficar olhando pra ela, não?

Melanie - Brand New Key

Ah, tem o vídeo também, recomendo:



E eu já desisti de encarar meu blog como um meio para disponibilizar discos inteiros. Eventualmente, quem sabe?!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Clássico do dia


Já que não achei o Harry Roche Constellation no meio da zona dos meus discos de back-up, resolvi ouvir alguma outra coisa da él, a coletânea Sunshine Pop 99. Depois de pensar e ficar em dúvida umas 10 vezes, escolhi o maior clássico do Fantastic Something pra pôr no blog. Música linda, receita de perfect pop!

Fantastic Something - If She Doesn't Smile

Bem que eu queria pôr o disco todo aqui, mas nem vou pensar nisso senão um pc voará pela janela ou um atentado ao speedy será cometido.

Notícia espetacular do dia


A gravadora mais cool de todos os tempos, a él Records, resolveu relançar os dois discos do Harry Roche Constellation, Spiral e Sometimes.
Minha cartinha ao papai noel está sendo redigida neste exato momento.

Pós-post: a esperta aqui viu que foi lançado em fevereiro o disco. Então a notícia é um pouco mais antiga, mas não menos espetacular.

Vídeo do dia

Monica Zetterlund cantando Trubbel, em 1968. Porque nem só de novidades vive a Suécia. Monica foi uma diva do jazz e gravou com nomes muito importantes do gênero. Tenho um disco dela aqui que vai para a fila de futuros uploads. Adoro a voz dessa mulher.

domingo, 14 de outubro de 2007

Fim de feriado

O hit do feriado foi uma música de uma lendária banda sueca de indiepop, a Mary-Go-Hound. Eles lançaram apenas um single, mas são reverenciados por quem gosta do estilo. A música que foi trilha de todo meu feriado não saiu nesse 7", mas em uma coletânea em k7 sueca, dos anos 90. A música está aí embaixo, mas você pode baixar a coletânea toda aqui, no blog do meu namorado.

Mary-Go-Round - Into the Morgue

Outra coisa que marcou o feriado foi descobrir uma pequenina cena francesa que me encantou. Estava ouvindo Beirut na casa de um querido amigo francês, quando ele começa a me falar que é moda na França jovens que tocam ukulele, ele inclusive tem um. Me mostrou um coletivo da sua cidade natal chamado C.U.L. (Collectif de Ukulele Lillois), e eu achei espetacular. De quebra ainda descobri a Ginette que tem um projeto com o mesmo instrumento. Deixarei o myspace dela, com uma música em especial como agradecimento ao meu vizinho: Ginette Machin et son Ukulélé. Claro que a música dedicada é a "Mon petit voisin".

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Rapidinhas - mp3 tracks

Pants Yell!

Mais um notícia maravilhosa pro indiepop, o Pants Yell! lança disco novo ainda este ano. Já saiu o primeiro single que é animador:
Pants Yell! - Magenta and Green


Louis Philippe


O mestre-gênio do pop Louis Philippe também está de disco novo, não ouvi ainda, mas isso me lembrou o quanto amo esse cara. Resolvi compartilhar aqui uma música antiga dele, a minha preferida. É amor mesmo!
Louis Philippe - You Mary You


Cloudberry Records


Já que todos os blogs de indiepop estão falando do novo single do Airfields, vou na contramão, continuarei falando da Cloudberry, mas de outros artistas que me chamaram a atenção. Pra quem não conhece, a gravadora só lança singles de 3" e tem toda uma ideologia política por trás.

Twig - Helen of Troy
Passei por um estranhamento quando ouvi o disco de estréia do Twig, uma banda sueca. O som é muito bom, mas eles soam anozoitenta demais pra mim. Mas essa música, que saiu num single da Cloudberry é essencial!
Myspace da banda


April Skies - A lifetime in the sun
Conheci o April Skies por um acaso, caindo no perfil do Anders no last.fm. Ele avisou que o single tinha acabo de sair pela Cloudberry e fui conferir e claro que adorei. Indiepop norueguês do bom.
Myspace da banda



The Almanacs




The Cripple Lilies


Baixei o disco do Cripple Lilies sem expectativa alguma e fui ouvindo sem grandes pretensões. Lá pela quarta vez, ele bateu tão gostoso e nas últimas semanas têm sido uma constante por aqui. Duo com vibe indie folk, que eu tanto curto (a capa é aquela coisa linda ali em cima). É mais um que está na lista dos meus futuros uploads para o blog. Enquanto não consigo fazer isso, upei uma das faixas, toda vez que ela começa a tocar, a cabeça insiste em balançar.
The Cripple Lilies - Left Over Legs



The Sadies


Depois de ler uma resenha do Sadies em um de meus sites favoritos sobre música, resolvi baixar o novo álbum. Não me decepcionou, continuam com a mesma alta qualidade dos trabalhos passados e com os olhos ainda voltados para trás. Revivalismo sem vergonha mesmo! O disco é bom, mas a terceira faixa é hit. Eu já disse no meu twitter que ela é 70's intravenoso, e ainda acrescento que toda vez que a ouço, penso no Lynard Skynard. Não tentem entender minhas analogias, sempre é subjetivo demais, mas vale a pena ouvir, nem que for pra me xingar depois:
The Sadies - What's left behind

Felicidade é...

... receber em casa o ep Lon Gisland de 12", com cópias limitadas, do Beirut.
Foda!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

The Heavy Blinkers - The Night and I Are Still So Young (Apricot, 2004)


Finalmente
consegui fazer o upload deste disco. Há uma semana tentando, milagrosamente, hoje deu certo.
Esse é um dos discos mais lindos dos anos 00's e um dos - se não "o" - melhores do Heavy Blinkers; banda canadense que transpira anos sessenta.
Pop orquestrado, melodias lindíssimas feitas por pessoas que furaram seus discos do Beach Boys, de tanto ouví-los. Nota-se uma grande similaridade com o Free Design também.
Demorei tanto pra colocar isso aqui que nem sei mais o que escrever.
Um disco belíssimo feito por uma banda maravilhosa, com uma capa genial e lançado por uma gravadora sensacional. Precisa mais? Sou fã!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Como é fácil reconhecer um artista de verdade

Chorei quando vi as camisetas que esse cara pinta, absolutamente lindas. Veja todas aqui.
Essa embaixo é uma da Natalie Portman no filme "Closer". Tem bastante camisetas de banda também, tão bonitas que dá vontade de comer - é, eu tenho umas paranóias assim. Ele é muito bom, já vou me comunicar, quero uma!



Frustração

Ainda sem conseguir fazer uploads.
Alguns vídeos:

.Lindo clássico do indiepop:


.Danem-se os indies puristas über limitados, música brasileira é vida:

Porque a voz dela é um espetáculo:


+

Porque esse solinho de violão no começo é um escândalo:


+

Uma das minha músicas preferidas do Neil Young.

+
Parte 1 de uma matéria do Vídeo Show sobre a Era dos Festivais - Os anos 70:

domingo, 30 de setembro de 2007

Quatro constatações




1.
Estava ouvindo agora Soft Pillow Kisses, e só conseguia pensar em uma coisa: a água das Filipinas só pode ser a mesma da Suécia. Nunca vi um lugar tão improvável ter uma cena indiepop tão sólida e de qualidade.

2.
Alguém, por favor, dê muito dinheiro para que o diretor deste filme possa lançá-lo comercialmente!!! Como eu queria assistir a esse documentário.



3.
Faça um favor a você e ouça a faixa "Winter Coat" do Umlaut, aqui no myspace mesmo. Ah, a banda lançou um single e acabou.

4.
Eu quero que o novo álbum do Radiohead se perca no meio do espaço-tempo. Ô bandinha pra ter fã que sintetiza o máximo da maletice alheia. Sim, estou considerando que há exceções.

Aí você assiste a uma coisa destas aqui pra tentar esquecer a limitação de terceiros. Limitação é o pior defeito que uma pessoa pode ter, não sei conviver com gente assim, sério!

Sandro Perri

Engraçado É trágico perceber como a minha vida é uma eterna luta para não andar em círculos.

sábado, 29 de setembro de 2007

Overdose de Beirut


Vídeo da música Cliquot, do novo disco do Beirut. Nesse vídeo quem canta é o Ed Droste do Grizzly Bear. E se olhar do lado direito da página, tem mais vídeos para faixas do Flying Club Cub.

Adoro ouvir esse disco e perceber o quão ele entrou na vibe do som bretão e eu sou tão viciada em música da Bretagne quanto em música cigana. Ou seja, pra mim, Zach - vulgo aquele que tem a tatuagem mais fofa do mundo - não erra nunca. Quase choro quando vejo o clipe da Un Dernier Verre, minha preferida do disco. Virou até meu novo email.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Wendy Mcneill




Dia 03 de outubro tem show da Joanna Newson do Sesc Santana. Até aí tudo bem, todo mundo a conhece e já sabe como a música dela é boa. O que eu descobri, foi que além da tocadora de harpa, no mesmo dia, tem outra apresentação, de uma tocadora de acordeão. O nome dela é Wendy Mcneill e eu me apaixonei pelo disco dela. Sou grande fã de acordeões e ela tem aquele jeito francês de tocar e cantar, a la Yann Tiersen. O disco é lindo, recomendo.

Estou mais empolgada do que nunca pro show!

Ouça algumas músicas aqui: http://www.myspace.com/wendymcneill

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Dylan Mondegreen




Não tenho conseguido fazer upload de discos, então, por enquanto, vou começar a indicar bandas, aí vocês fazem o trabalho sujo por mim.
A dessa semana foi uma indicação da própria banda, mandaram mensagem über simpática no myspace e quase caí pra trás quando ouvi as músicas. Consegui achar o disco num torrent fechado e pronto, minha felicidade estava completa. Dylan Mondegreen é o projeto de um norueguês, com uma banda de apoio competente. O som deles é simplesmente tudo que o indiepop deve ser atualmente. Já me enchi bastante daquelas bandinhas twee/indiepops com barulhinhos eletrônicos, estou em outra onda, exatamente esta daqui:

http://www.myspace.com/dylanmondegreen

Quando meus uploads voltarem a funcionar, prometo colocar o disco aqui.

domingo, 23 de setembro de 2007

Rainy Day - Rainy Day (Enigma, 1983)



Rainy Day lançou somente este disco, na verdade, o grupo é um combo de integrantes de outras bandas e se juntou só para esse projeto. Membros dos maiores expoentes do Paisley Underground - o revival psicodélico dos anos 80 da coste oeste americana - se juntaram para fazer esse disco só de versões para músicas de outros compositores. Imagina só músicos do Rain Parade, do Bangles, do Dream Syndicate, do Three O'Clock e do Opal tocando clássicos como I'll Keep It With Mine do Dylan ou I'll Be Your Mirror do Velvet. Basicamente um tributo às bandas que o Paisley reverenciava.
Ah, e no arquivo tem as capinhas scaneadas e tudo. Deletei meu arquivo antigo depois que peguei esse novo, meses atrás, muito bom! E quem fez a arte da capa foi a Kendra Smith, demais!

É um disco essencial pra quem gosta do estilo. Item básico inicial pra quem acha que entende de Paisley Underground ou pra quem quer entender. Vou relacionar as faixas que o disco contém só pra ter um idéia do que esperar.

1. I'll Keep It With Mine (Dylan)
2. John Riley (Gibson/Neff/Belamonte)
3. Flying On The Ground Is Wrong (Young)
4. Sloop John B. (traditional)
5. Soon Be Home (Townshend)
6. Holocaust (Chilton)
7. On The Way Home (Young)
8. I'll Be Your Mirror (Reed)
9. Rainy Day, Dream Away (Hendrix)
Tem duas faixas bônus que não tinham no meu arquivo antiga:
10. Alle Morgens Parties (Reed)
11. If The Sun Don't Shine (Barret)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Angil and The Hiddentracks - Oulipo Saliva (Unique, 2007)




Descobri essa banda sem querer, gostei do nome, adorei a capa e confiei. Baixei e depois de uns dias, descompactei o arquivo, coloquei no player... quando começou a tocar, fiquei de boca aberta: quanta coisa bonita. Fui atrás de informações na hora e dei uma lida por cima no myspace deles. Uma big band fazendo pop experimental, caindo pro folk, com influências de jazz, hip hop, reggae, muitos instrumentos diferentes, um ótimo naipe de metais e um vocal delicioso com um sotaque que vai te fazendo escorregar da cadeira, devagarinho (A banda é francesa e as letras são em inglês). Preciso ouvir os outros discos deles, urgente!

É um disco pra se ouvir apaixonado. Mas não apaixonado por uma só pessoa, isso é pequeno demais para o que a banda pode te proporcionar; e as letras são bizarras demais para isso. O grande ponto é estar apaixonado por possibilidades, igual estou. Quando tudo que acontece é um caminho, uma pequena felicidade, uma luz que acende e dá calor. Quando tudo é um mar imenso de escolhas e nada está definido, mas ao mesmo tempo, temos tudo nas mãos e é só escolher. Mas, por hoje, não quero escolher, apenas sonhar com todos os caminhos, juntos, sem pensar demais. Percorrendo as catorze faixas do disco e experimentando todos os humores possíveis, para no fim, descansar.

E, como se não bastasse, ainda fizeram esse vídeo lindíssimo do primeiro single do disco (aquela mesma que me deixou boquiaberta)

P.S.: Eu tentei, por dois dias, fazer o upload deste disco e nada... Usei então o link do excelente blog bolachas grátis.

63 Crayons - Spoils for Survivors (Self-Released, 2007)




Continuarei com a psicodelia, mas desta vez o disco é de uma banda atual. Eu acompanho o 63 crayons desde o começo da carreira. Acabei conhecendo a banda, pois sou fã da gravadora Happy Happy Birthday To Me, onde eles lançaram EP e o primeiro álbum. A HHBTM é de Athens, o berço da nova psicodelia americana, então geralmente fico de olho em tudo que eles lançam.
Esse novo disco foi lançado pela banda mesmo, não sei qual foi a treta com a gravadora, mas o som deles continua sensacional.

O 63 crayons tem clara influência do som dos anos 60, com guitarras pesadas e, é claro, on acid.
"Spoils for Survivors" segue essa linha e eu recomendo a todos os fãs de Nuggets, Paisley e E6.

Além do mais, fizeram um dos melhores vídeos do ano. Link aqui.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

The Orient Express - The Orient Express (Mainstream, 1969)


Tentarei fazer resenhas mais humildes para, ao menos, atualizar esse blog com mais freqüência. Até porque a finalidade disto aqui é disponibilizar os discos e não ficar cagando regra com posts gigantescos.

O disco de hoje é de uma banda com uma história peculiar. A banda era formada por um francês, um belga e um iraniano. Todos se conheceram viajando na Europa e manifestaram o interesse em fazer um som resultante da fusão de ritmos orientais e ocidentais. A banda se mudou para Nova Iorque e depois foram para Califórnia, onde gravaram esse álbum. O disco foi lançado em 1969 e é carregado de psicodelia, com cítara, tambor egípcio, timpani e outros.

Quando ouvi esse disco, fiquei enlouquecida, é mind-blowing até não poder mais. Recomendo a qualquer um que goste de psicodelia e sonoridades diferentes. Eles me lembram um pouco a Kaleidoscope americana, em particular a segunda parte da música Seven-Ate-Sweet, que eu sou apaixonada.

Ah, o nome deste blog foi tirado de uma música desse disco, uma das mais orientais, por sinal. The Orient Express é altamente recomendável!!!!

Achei esse texto feito por um dos caras da banda:

"Guy duris was born on the left bank. He was raised in heady french sunshine, and matured in the halls of european culture. He's a modern ministrel,he wanderedand sang his songs, and began a romance whith the ancient Arabic guitar, the oud. Journeying eastward,his music turned to the east. In iran, he met Farshid Golesorkhi, the scion of a respected persian family.farshid, decorated by the shah of iran for this drumming, felt that eastern rhythms could be applied to western music. He found an eager co-experimenter in Guy. Together they traveled -Guy with his guitar and oud." Guy Duris

domingo, 16 de setembro de 2007

Sandro Perri - Tiny Mirrors (Constellation, 2007)


Costumo pensar em como seria um disco ideal de música cancioneira brasileira feito nesta década. Nenhuma dessas cantoras da nova safra da mpb-cool-moderna me agradam, acho todas monótonas e insípidas. Muita pose, muito fashionismo, muito déjà-vu; pouca alma, pouca sinceridade, pouca inspiração. Da parte masculina, então, tirando o Rómulo Fróes, desconheço qualquer que valha a pena analisar. Invariavelmente, me frustro, e acabo deixando de lado a esperança de ver o que idealizo.

Eis que chega a mim o disco de estréia do Sandro Perri, Tiny Mirrors. Não precisei ouvir mais de duas músicas para sentir que estava diante de uma das melhores surpresas de 2007. Sandro Perri é mais conhecido por seu outro projeto, Polmo Polpo. Ambos são da Constellation Records, mas o Polmo Polpo é bem mais típico da gravadora: cinzento, experimental e sem vocais. Uma prévia desse novo projeto foi o EP Sandro Perri: Plays Polmo Polpo, onde ele adicionou vocais à antigas músicas e deixou-as com um sabor mais digerível.

Tiny Mirrors é tudo aquilo que eu imaginava que um novo disco perfeito de mpb deveria ser. Não é cheio de complexidades, pelo contrário, soa simples demais. Tão simples, que possivelmente exigiu um trabalho muito maior para poder alcançar essa simplicidade arrojada. O único problema é que Sandro não é brasileiro, mas canadense e canta em inglês, elementar. Devo ficar triste por isso? Não! Que venham mais Sandros, australianos, finlandeses ou russos. Algo tem que compensar essa fase ruim da música brasileira atual, que vive de seus fantasmas gloriosos e não desgarra de suas cinzas.

O disco é perfeito para ser ouvido do início ao fim, sem perder nada de sua delicadeza e melancolia. Eu ouço "You're the one" e penso que poderia facilmente ter sido feita por Lô Borges. Tente você mesmo e ouça "Family Tree", "Love is Real" ou "The Drums" e perceba se consegue não pensar em algum compositor brasileiro correspondente a cada uma delas.

Sandro tomou um vidro de melado dos bons e deixou a acidez do Polmo Polpo de lado, por um tempo, pra criar um dos mais bonitos discos lançados neste ano. Quem ganhou fui eu!

sábado, 15 de setembro de 2007

VA - Devla Folklore - Gipsy Trad-folk & Fusion


Coleta de música cigana. A primeira e principal parte é composta de músicas de grupos com integrantes ciganos, de vários países. Já a segunda parte, ou faixas bônus, são algumas bandas muito novas, sem ligação qualquer com o povo cigano, mas que fazem música claramente influenciada por esses ritmos. Ah, só pra esclarecer, caso alguém fique curioso, "devla" significa deus em romani, lígua dos ciganos. Coloquei abaixo uma pequena explicação de cada artista.


Tracklisting & Info:
01. Gipsy Star & Mitsou - Nora Luca
Música tirada da trilha do filme "Gadjo Dilo", do Tony Gatlif. A Mitsou é uma das cantoras mais famosas ciganas e das mais jovens. Sua voz é muito particular e não é fácil de digerir. Da Hungria.
02. Goran Bregovic - Ederlezi
Esta música é um grande clássico da música cigana, pelo menos para os ocidentais. Goran ficou muito conhecido por trabalhar em trilhas do cineasta Emir Kusturica. Da Bósnia-Herzegovina.
03. Vangelis Vasiliou - Pranvera
Música tirada da coletânea "Rough Guide - Balkan Gipsies", disco essencial pra quem se interessar pelo estilo. É um compositor obscuro, quase impossível obter informações sobre ele. Da Albânia.
04. Acquaragia Drom - Musikanti
Um trio com ascendência cigana. Costumavam tocar em casamentos e festas e hoje são premiados pela crítica. Da Itália.
05. Harmonia Ensemble & Kočani Orkestar - Circe
Harmonia Ensenble é um grupo que faz releituras de compositores modernos como Zappa e Beatles, além de músicas de jazz e étnicas. Da Itália.
A Kocani Orkestar é uma "brass-band" super famosinha no meio "indie-cool". Vinda da cidade de Kočani, faz uma mistura de ritmos ciganos dos balcãs com música turca e timbres latinos. Uma música deles foi usada no Borat. Da Macedônia.
06. Taraf De Haïdouks - Tiganeasca
Grupo tradicional e muito respeitado na cena musical cigana. São conhecido também pelo nome Taraful Haiducilor que significa algo como "grupo de bandoleiros". É um grupo grande, com mais de 10 integrantes e contabilizam algumas aparições em filmes. Da Romênia.
07. Kal - [VA - Devla Folklore - Mozzarella
Kal é uma banda que faz música com fortes influências ciganas, mas com características marcantes do rock'n'roll. Estavam até no Roskilde desse ano. Da Sérvia.
08. Esma Redžepova, Stevo Teodosievski - Kerta Mange
Música tirada da coletânea "Gipsy Queens - Flammes du Coeur", disco duplo só com divas da música cigana do mundo. Esma deve ser a cantora cigana mais famosa atualmente, é ela quem ilustra a capa da coletânea (foto antigaça, ela tá bizarrona hoje em dia). Qualquer coletânea que se preze, tem uma música dela. Da Macedônia.
09. Ivo Papasov - Veseli Zborni
Genial clarinetista de origem cigana, cuja família toca o mesmo instrumento há gerações. Costuma improvisar, como um músico de jazz, com sua orquestra. Foi preso pelo governo na decada de 80. Da Bulgária.
10. Dzansever; Ensemble Jusni Express - So Simela Ksmeti
Outra música tirada do "Gipsy Queens - Flammes du Coeur". Esta faixa é bem particular, bastante oriental, até para padrões ciganos. Dzansever é uma cantora bem andrógina e atípica. Da Turquia.
11. Boris Kovač & Ladaaba Orchestra - Broken Waltz
Mais um compositor que lidera uma orquestra, ou melhor um chamber group. Sua música é uma fusão de rumba, tango e outros ritmos excêntricos. Da Sérvia.
12. Goran Ivanovic Group - Episodes From a Village Dance
O violonista Goran Ivanovic e seu quarteto combinam música clássica e jazz com ritmos dos balcãs. Da Croácia.
13. Petre Badea, Rona Hartner, Valentin Rotary - Disparaitra
Mais uma música da trilha do "Gadjo Dilo". Umas das músicas ciganas mais belas que já ouvi. Ela conta a dipersão dos ciganos pelo mundo, em quatro línguas, ao mesmo tempo. Da Romênia.

Bonus Tracks
14. A Hawk And A Hacksaw - Ihabibi
Banda de Albuquerque, Novo México, formada por ex-membros do Neutral Milk Hotel. Soam tão ciganos que é difícil acreditar que seus integrantes são jovens americanos. Basicamente uma emulação de uma brass-band cigana.
15. DeVotchka - Such A Lovely Thing
Quarteto que mistura, entre outras coisas, música cigana, bolero e ritmos latinos. A banda é de Denver, Colorado. Ficaram relativamente conhecidos depois de participarem da trilha do filme "Little Miss Sunshine".
16. Alaska in Winter - Balkan Low Rider Anthem
Lançaram o debut esse ano com a participação do Zach Condon (Beirut) e Heather Trost (AHAAH). Conseguiram inovar, usando ritmos ciganos com soft eletrônica. Li uma boa comparação feita do som deles: Balcãs + Junior Boys. Também de Albuquerque, Novo México.
17. Beirut - Interior of a Dutch House
Beirut é Zach Condon, menino de 21 anos, absurdamente talentoso, com uma voz marcante. É de Santa Fé e já lançou dois discos. O Beirut tem fortes características de brass-band, mas com a voz de Zach - muito mais pro lado francês da música - o som adquire novos e não usuais resultados.